Com certeza você já ouviu falar sobre tsunami e de como esse evento é destrutivo. Com 40% da população mundial morando em zona litorânea, é necessário conhecer este fenômeno e seu poder catastrófico. Aqui nesse post vamos explicar como é a origem desse evento, como é a formação dele até chegar à costa do continente e como podemos proteger a costa para que o impacto seja diminuído nas áreas costeiras.
Tsunami é uma palavra japonesa que significa “onda de porto” e é usada para designar ondas gigantes, gerando um grande volume de energia, provenientes de abalos sísmicos que ocorrem no oceano, diferentemente das ondas oceânicas que são originadas pelos ventos.
Estes terremotos marítimos (também conhecidos como maremotos) quando ocorrem, deslocam uma enorme quantidade de água, formando uma ou mais ondas (tsunamis) que podem atingir as costas dos continentes, provocando catástrofes.
Além do terremoto, há dois eventos geradores de tsunamis que ocorrem de maneiras menos prováveis que são os deslizamentos submarinos e vulcões submarinos. Geralmente, estes eventos vêm junto de grandes terremotos, o que pode somar à potência total de um tsunami ou criando tsunamis adicionais.
Quanto maior a intensidade evento sísmico, maior tende a ser a velocidade de propagação das ondas, gerando efeitos ainda mais catastróficos nas áreas costeiras atingidas. Além disso, quanto maior a velocidade de deslocamento das placas, maiores também são os seus efeitos na superfície, o que explica, em partes, porque o Oceano Atlântico não registra tantos tremores, vulcanismos e tsunamis quanto os demais oceanos, visto que possui intensidade sísmica menor.
A força de um tsunami ocorre em razão do comprimento e da velocidade da onda em alto mar. À medida que a onda se aproxima da costa sua altura aumenta em função da redução do seu comprimento e velocidade. Existem relatos de ondas que atingiram mais de 30 metros de altura em águas rasas e velocidade de 1.000 Km/h em alto mar!
Na imagem acima são mostradas as etapas que ocorrem na formação de um tsunami.
- A abertura causada pelo tremor no fundo do mar desloca a água para cima, dando início à onda.
- A onda gigante então se move nas profundezas do oceano em altíssima velocidade.
- Na medida em que a onda se aproxima da costa, o relevo submarino se torna mais raso e a onda perde velocidade. Entretanto ganha muita altura e com grande energia.
- A onda então avança pela área costeira, destruindo tudo em seu caminho.
Esse fenômeno natural é um grande perigo e na grande maioria dos casos é difícil de prever esse acontecimento. A partir disso, é de fundamental importância a implantação por todo o oceano de equipamentos para que seja possível identificar possíveis abalos sísmicos e desta forma conseguir evacuar as cidades costeiras que podem ser atingidas e, desta forma, diminuir a quantidade de vidas humanas perdidas, visto que prejuízos financeiros e estruturais são inevitáveis nessa situação.
Entretanto, há um método para que haja menos impactos nas cidades costeiras que são afetadas por tsunamis. A preservação de manguezais é de suma importância, pois além de ser uma proteção natural, é considerado um ecossistema muito rico. Eles são capazes de diminuírem a força das águas quando atingem as regiões costeiras, além, também, de conter a erosão que é comum nessas áreas. Durante o evento catastrófico do tsunami na Indonésia ocorrido em 2004, os impactos foram menores onde havia mangues. As árvores típicas deste dissipam a energia das ondas gigantes.
Logo após este desastre natural, foram plantadas no país quase dois milhões de mudas de árvores típicas de mangues na recuperação das cidades afetadas. De acordo com um estudo feito na época, apenas 100 metros de mangues fechados já poderiam reduzir a energia destrutiva de um tsunami em 90%.
Quando um tsunami atinge uma costa sem proteção, se torna um evento ainda mais devastador. Com isso, vemos o quanto é importante a preservação desse tipo de ecossistema, visto que é, naturalmente, a melhor maneira de diminuir a força dessas ondas gigantes. Cada vez mais o meio ambiente tem se tornado a melhor alternativa para nos proteger.
Referências
DA SILVEIRA, Fernando Lang; VARRIALE, Maria Cristina. Propagação das ondas marítimas e dos tsunami. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 22, n. 2, p. 190-208, 2005.
https://aprendaterremoto.webnode.com.br/news/introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20tsun%C3%A2mi/
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/8192/1/AGSantos.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/5766/como-surgem-os-tsunamis
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tsunami.htm?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996