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Caracterização e mapeamento de risco dos danos causados pelo mar na cidade do Rio de Janeiro – RJ, Brasil

Maria Carolina Chalegre-Touceira; Orientador: David Zee

Foto monoResumo: A atual configuração da costa da cidade do Rio de Janeiro é resultado de um intenso processo de urbanização que modificou definitivamente os ecossistemas costeiros, destruindo ou alterando grande parte das proteções naturais da costa. Isso resultou em um aumento da vulnerabilidade e exposição dos ambientes costeiros ao mar e a eventos extremos. Como resultado, a cidade vem sofrendo com os impactos negativos advindos da ação do mar sobre essa costa urbanizada, como a erosão das praias, alagamentos, danificação de estruturas costeiras e até a morte de pessoas. Com o aumento do nível médio do mar e da frequência e magnitude de eventos extremos de tempestade esperados para as próximas décadas, esses danos causados pelo mar tendem a se tornar cada vez mais frequentes e graves. Nesse contexto, é essencial conhecer as características desses danos, qual sua distribuição espaço-temporal e qual é o risco de danos de cada trecho do litoral, sendo todos esses tópicos objeto de avaliação no presente estudo. A identificação e localização dos danos causados pelo mar na cidade do Rio de Janeiro foram feitas a partir da pesquisa por reportagens de jornais relatando tais eventos no período de 1990 até 2017. Esses danos foram caracterizados e divididos em categorias e subcategorias de dano, as quais foram classificadas em quatro classes de severidade de acordo com os malefícios causados à infraestrutura urbana e à população. A costa da cidade foi setorizada e os danos localizados. Analisou-se a distribuição espaço-temporal dos eventos destrutivos identificados. O risco de danos causados pelo mar foi calculado para cada setor da costa a partir da frequência e severidade desses danos. A partir desses resultados, foram elaborados os mapas de risco de danos causados pelo mar na cidade do Rio de Janeiro e propostas medidas para redução dos riscos identificados. Esse trabalho visa contribuir para uma gestão mais eficiente dos riscos costeiros na região e com isso minimizar seus potenciais danos à população, à infraestrutura urbana e ao meio ambiente.

Chalegre-Touceira, Maria Carolina. Caracterização e mapeamento de risco dos danos causados pelo mar na cidade do Rio de Janeiro – RJ, Brasil. 2018. 132 p. Monografia (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

Water Quality Evolution of Rio de Janeiro City Beaches

(“Evolução da Balneabilidade das Praias da Cidade do Rio de Janeiro”)

Maria Carolina Chalegre-Touceira, Alexandre Carlos Barreto, Natália da Silva Menezes, David Zee

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Resumo: A cidade do Rio de Janeiro é mundialmente famosa por suas praias. Sendo assim, é necessário analisar os dados de monitoramento da qualidade de suas águas, uma vez que a poluição é um risco à saúde da população. Foi realizada uma análise da evolução temporal da balneabilidade das principais praias da cidade do Rio de Janeiro. Os dados de Coliformes Termotolerantes (CT) coletados pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) de 1995 a 2015 foram correlacionados com os padrões estabelecidos pela resolução CONAMA 274/2000. Foi observado que as praias da Barra da Tijuca, em sua porção oeste, Leblon, Ipanema, Arpoador, Copacabana, Leme, Vermelha e Urca mostraram no geral uma melhora de suas condições de balneabilidade ao longo do período analisado. Já as praias de São Conrado e da Barra da Tijuca em seu canto leste apresentaram piora. A praia da Joatinga permaneceu relativamente estável. As praias do Flamengo e de Botafogo apresentaram condições variáveis ao longo do tempo, porém sempre apresentando péssimas condições de balneabilidade. Foi verificado que os fatores determinantes para uma praia apresentar índices ruins de qualidade da água foram a presença de canais que despejam esgoto no mar e o escoamento urbano. Outro fator relevante foi a localização da praia dentro das águas confinadas e poluídas da Baía de Guanabara. Este trabalho pode ser utilizado como ferramenta para uma gestão mais eficiente das praias urbanas

CHALEGRE-TOUCEIRA, M. C., BARRETO, A. C., MENEZES, N. da S., ZEE, D. M. W. Water Quality Evolution of Rio de Janeiro City Beaches. Orbital: The Eletronic Journal of Chemistry, v. 10, n. 4, p. 286-298, 2018.

Barra da Tijuca: Natureza e Cidade

David Zee, Jorge Soares Marques, Nadja Costa, Gustavo Martinelli, Pedro da Cunha e Menezes, Eliane Canedo De Freitas Pinheiro, Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, Marco Terranova, Nilo Lima

b6206b53-3fa8-491d-a973-80edb2fae9a3Resumo:  A Barra da Tijuca está passando por um crescimento urbano muito grande e veloz. Apesar disso, estão presentes nessa área ecossistemas peculiares, como as lagoas que tornam a paisagem do bairro tão singular. Dessa forma vimos que para compreendê-los seria preciso abordar todo o sistema que rege seu funcionamento, que está inexoravelmente ligado ao grande teatro da Baixada de Jacarepaguá, no qual rios, montanhas, praias, chuvas e o homem tem papel predominante. Essa planície costeira debruçada sobre o mar vem encantando visitantes de moradores desde o inicio da colonização portuguesa. A Barra da Tijuca foi ocupada por propriedades rurais por mais de 4 séculos, quando no século XX a expansão urbana encontrou ali um terreno fértil para estabelecer novos bairros. Com o crescimento urbano, mudanças profundas aconteceram na região, principalmente o desequilíbrio ambiental. Mas afinal, como queremos ocupar a Baixada De Jacarepaguá? Que qualidade de vida desejamos para os moradores? Que mosaico urbano gostaríamos de vislumbrar? Poderemos, no futuro, sorrir quando estivermos na Barra? São perguntas sobre as quais esta obra pretende refletir e ajudar a responder.

ZEE, David et al. Barra da Tijuca: Natureza e Cidade. Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro,2012.

Ilhas Cariocas

David Zee, Carlos Rocha, Heloisa Gesteira, Marcelo Motta, Maria de Faria, Nireu Cavalcani, Marco Terranova

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Resumo: O Rio de Janeiro dispõe de numerosos cenários ambientais de rara beleza que conferem ao município uma fama mundial. As paisagens insulares compõem o panorama que se vê pela janela de muitos edifícios, que é composto pelo mar, pelas montanhas, lagoas e ilhas que integram o cotidiano da cidade. Falando especialmente das Ilhas, elas exigem um importante papel na composição paisagística da cidade, com função estratégica de proteger a orla oceânica. Um dos principais destaques das ilhas cariocas é a biodiversidade que nelas existem em função do abrigo, da alimentação e da proteção que oferecem.  Além disso, algumas ilhas tornaram-se importantes opções para o assentamento humano, oferecendo espaços para a expansão urbana.  Nesse livro apresentamos aos leitores o ambiente de cada ilha ou conjunto de ilhas, explorando suas características históricas, ambientais e sociais. Buscamos proporcionar visões multidisciplinares das ilhas cariocas, explicitando os numerosos benefícios naturais e sociais que elas veem proporcionando à cidade do Rio de Janeiro.

ZEE, David. Ilhas Cariocas. Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro, 2018.

Meio Ambiente Urbano: Desafios e Soluções 

David Zee, Christiane Bernardo

190-Meio-ambiente-urbano-desafios-e-solucoesResumo: O desenvolvimento acelerado das cidades teve como principal consequência a multiplicação do consumo dos recursos naturais do planeta. A viabilidade do planeta encontra-se cada vez mais ameaçada em função da fome por energia, matéria prima, espaço e água. A produção de resíduos orgânicos e inorgânicos das cidades supera em muito a capacidade natural do planeta em reciclar e prover a demanda de uma população humana que se multiplica sem limites. No Brasil, desde 1970 o numero de pessoas que moravam nas cidades superava a rural, e segundo o censo do IBGE (2010), mais de 84%  da população brasileira já vive nas cidades. O crescimento vegetativo da população urbana somada com a migração rural para as cidades em busca de melhores condições de vida provocou um adensamento urbano redundando no estrangulamento dos ciclos naturais do meio ambiente.

Esta obra tem o intuito de trazer experiência e conhecimento, através de uma visão multidisciplinar, que possam montar o mosaico complexo da realidade das cidades brasileiras e quem sabe, inspirar o leitor na sua carreira profissional.E, ainda, a presente obra lança luz sobre alguns desafios e soluções que demandam as cidades brasileiras nos próximos anos.

ZEE, David; BERNARDO, Christiane. Meio Ambiente Urbano: Desafios e Soluções. Letra Capital, Rio de Janeiro, 2014.

Baía de Guanabara: Passado, Presente e Futuros

David Zee, Rodrigo Medeiros, Fabio Rubio Scarano, Israel Klabin, Marco Terranova

308ec67a-add9-44d6-a0ca-534bfd115a73Resumo: A Baía de Guanabara é uma generosa paisagem que, ao longo dos tempos, vem alimentando e abrigando diferentes populações humanas. Desde antes do descobrimento do Brasil suas águas são exploradas como fonte de alimento, como rotas de transporte e até mesmo como abrigo devido à sua calmaria. Além disso, está presente na Baía de Guanabara um ecossistema especial, com diversas espécies de peixes, cetáceos, crustáceos e quelônios. A Baía já sofreu mudanças drásticas devido à expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro e com isso o aumento de atividades antrópicas na região, que afeta diretamente o ecossistema local, causando danos irreversíveis.

Nesta obra buscamos diagnosticar e apontar caminhos para a convivência harmoniosa dos municípios que circundam a Baía de Guanabara.Contamos com a contribuição de grandes especialistas para indicar soluções viáveis e exequíveis para que a Baía tenha o futuro que todos nós queremos.

ZEE, David; MEDEIROS, Rodrigo; SCARANO, Fabio; KLABIN, Israel; TERRANOVA, Marco. Baía de Guanabara: Passado, Presente e Futuros. Andrea Jakobsson, Rio de Janeiro, 2017.




Óleo no litoral brasileiro e os royalties do pré-sal: Brasil não está preparado para gerir um plano de contingência. Entrevista especial com David Zee

Resumo: O aparecimento de óleo nas praias do Nordeste nos últimos meses, a dificuldade em retirá-lo do mar e de concluir as investigações mostram que o Brasil não está preparado para lidar com uma crise e gerir um plano de contingência, diz o oceanógrafo David Zee à IHU On-Line. Depois de acionado o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo, pouca coisa funcionou, porque faltou equipamento, faltou treinamento e faltou um planejamento de comando.

O Brasil precisa investir urgentemente em um centro permanente de comando e gestão de riscos. Os órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental do território marinho não têm um sistema de monitoramento por satélite, nem pessoal especializado para vigiar pontos de alto risco de vazamento de petróleo.

Zee defende que o Brasil poderia ser campeão no planejamento, na prevenção, na contingência, para quando acontecerem acidentes, ainda mais agora, que o Brasil pleiteia o aumento do seu território marinho, com a Amazônia Azul. Segundo a convenção da ONU exige que os países que estão pleiteando mais áreas de domínio marítimo tenham capacidade de dar segurança para eventuais navios que são atracados, condições de fornecer comunicação para todas as embarcações, além de fiscalizar todo esse novo território marinho.

Nessa entrevista, David Zee responde algumas perguntas como: Quais são as dificuldades encontradas na investigação sobre a origem do óleo e a origem do vazamento e com quais hipóteses os especialistas estão trabalhando?

Existe alguma informação sobre a origem do óleo? Ele de fato veio da Venezuela?

Entrevista completa: IHU unisinos