COP 28 – 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas

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Aconteceu em Dubai, Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 13 de dezembro a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 ou Conferência das Partes da CQNUMC, mais comumente conhecida como COP28:

“As Conferências das partes (COPs) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) buscam unir o mundo em ações eficazes para conter o aquecimento global. Essas reuniões resultam em compromissos internacionais como o Protocolo de Quioto (de 1997, vigente de 2005 a 2020) e o Acordo de Paris (de 2015, vigente desde 2016)”, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.

Plenária final da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Foto: Christopher Pike/UNFCCC.
Fonte: https://www.gov.br/mma/pt-br/cop28-aprova-transicao-para-combustiveis-fosseis

Diante do cenário que nos encontramos, com mudanças abruptas de temperaturas, desastres naturais e incêndios em grande escala, torna-se necessária a implementação de ações mundiais com o objetivo de conter o aquecimento global e mantê-lo em 1,5 grau Celsius. Alterações acima desse limite representam desequilíbrios climáticos com perdas humanas e materiais em larga escala.

A principal ambição da COP, defendida especialmente por ambientalistas e países mais vulneráveis ao aquecimento global, foi estabelecer o fim do uso dos combustíveis fósseis na produção de energia através da transição energética. Para isso conta com um investimento de aproximadamente 20 bilhões de dólares

O acordo determina que os países devem se afastar dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de uma forma justa, ordenada e equitativa”, acelerando a ação nesta “década crítica” (Fonte G1)

O Brasil é indispensável nas discussões sobre o clima devido a importância da Floresta Amazônica e pelo fato do país liderar várias iniciativas que contribuem para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

“No setor florestal e, em específico, no que diz respeito à Floresta Amazônica, de acordo com Carlos Nobre, climatologista brasileiro internacionalmente reconhecido, não basta simplesmente parar a degradação florestal. Para ele, é preciso iniciar urgentemente um processo de restauração no sul da floresta e na porção dos Andes.”. (site Além da Energia)

“O Brasil é um bom exemplo para os outros países e pode alavancar a transição energética em outros lugares do mundo” Pontua Jean-Pierre Clamadieu, da ENGIE.

Mas afinal, o que esperar da COP 28?

Ações efetivas é o que a sociedade mundial espera. Durante a COP 27, muitas nações expuseram seus planos de ação, mas muita coisa ainda ficou no papel. Ou seja, muita tese e pouca ação efetiva de parte a parte. Porém isso é normal nas negociações iniciais onde todos querem ações, mas quase ninguém toma a iniciativa, aguardando que outros o façam. Enquanto os impactos não forem suficientemente visíveis e principalmente sentidos pelos países de maior protagonismo mundial, pouco se avançará. O Brasil neste aspecto tem grande protagonismo ambiental uma vez que possui uma enorme área sob sua jurisdição, recursos naturais ainda intocados e uma população humana considerável no planeta. No que diz respeito a área oceânica, a Amazônia Azul também tem proporções planetárias.

Segundo cientistas climáticos e o relatório do IPCC, são as nações pobres que mais serão afetadas pelas mudanças climáticas, visto que falta recursos para planos de controle e de prevenção contra os acidentes climáticos. Historicamente, a maioria das emissões advêm das nações mais ricas, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Se a temperatura média global subir 1,5°C até o final deste século, as mudanças climáticas podem custar cerca de US$ 54 trilhões (ou US$ 69 trilhões, se as temperaturas subirem 2°C). A fragilidade econômica e ambiental de muitos países é uma grave ameaça a estabilidade política mundial com enorme risco para a eclosão de conflitos armados.

Portanto é de extrema importância que as ações propostas pela COP 28 sejam efetivadas tanto pelas questões econômicas, quanto pela saúde e segurança da humanidade. Para isso é necessário um trabalho conjunto, pois, como disse Jean-Pierre Clamadieu, “Os governos são, de fato, a elite das COPs, mas a cooperação entre todos os agentes da sociedade, incluindo corporações, é a força necessária para o progresso.”

A sociedade precisa ser informada e sensibilizada para ter clareza e unidade das iniciativas globais a serem tomadas de modo a pressionar seus governantes e conter o avanço dos impactos climáticos. A informação objetiva e simples, somada as possíveis soluções com viabilidade econômica, são meios efetivos para instrumentalizar a população visando a reivindicação e a participação por soluções exequíveis e eficazes.

Escrito por Leticia Silva Guimarães

Referências Bibliográficas

https://www.alemdaenergia.engie.com.br/cop-28/?gad_source=1&gclid=CjwKCAiAqNSsBhAvEiwAn_tmxUnxSodADFhIfVWB4weJdShrQ_q2-aGg-PGz4eGfoxZJL9rem1aULBoCfKcQAvD_BwE

https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/mudanca-do-clima

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/12/13/cop-28-entenda-os-principais-pontos-do-acordo-final.ghtml

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