Desafios ambientais da exploração e produção de petróleo: Offshore

Square

Tal como a exploração do óleo na Bacia de Campos, a exploração das reservas do pré-sal a indústria nacional e internacional de petróleo precisa vencer grandes barreiras tecnológicas e atender a custos ambientais aceitáveis. A sustentabilidade da qual o mundo exige, englobando os interesses do ser humano, cuidados ao meio ambiente e com viabilidade econômica.

Atualmente, o mercado também requer que, cada vez mais, as empresas petrolíferas invistam em segurança ao meio ambiente. Uma grande preocupação que as empresas têm é com relação ao impacto que as suas atividades causam ao meio ambiente. Principalmente nos casos de acidentes onde os danos provocados por vazamentos de óleo podem causar impactos irreversíveis ao meio ambiente. Esta preocupação também está relacionada com as multas e as reparações a serem feitas que são cobradas pelas legislações vigentes.

Apesar de estar em uma região bastante remota e a muitos quilômetros da costa (em torno de 300 Km ou mais), um vazamento de óleo na região do pré-sal poderia ser desastroso. A forte influência das correntes e ventos sobre as manchas pode levar o óleo a áreas ambientalmente sensíveis na costa agravando ainda mais os impactos ao habitat e animais que ali vivem. Da mesma forma danos à pesca e atividades turísticas da região afetada.

Neste artigo são mostrados levantamentos de dados para o entendimento e avaliação dos impactos ambientais, além dos riscos eminentes desses acidentes nas regiões da Bacia de Campos, Santos e Espírito Santo. São utilizados como parâmetros para indicar a vulnerabilidade das áreas estudadas: a proximidade e quantidade de Unidades de Conservação e as principais espécies que estão mais expostas a sofrer danos em acidentes de vazamento de óleo.

            Na costa analisada por este estudo existem 85 unidades de conservação costeiras, que em sua maior parte tem como objetivo preservar o patrimônio biológico e atividades que ali sociais que ocorrem. Estão demostradas na figura abaixo os blocos de exploração e produção do pré-sal e pós-sal junto às Unidades de Conservação da costa do litoral.

2

Figura 1: Unidades de Conservação (verde) junto aos blocos exploração e produção de petróleo do pré-sal (branco) e do pós-sal (amarelo).

Além da preocupação com a costa em caso de vazamentos de óleo, a exploração e produção de petróleo também impacta a biodiversidade em seu local de atuação naturalmente. Não restrita apenas a acidentes essa atividade interfere no habitat e nas rotas migratórias de cetáceos, tartarugas e aves marinhas, devido principalmente à circulação intensa de embarcações que produzem poluição sonora além dos métodos de prospecção sísmica.

Em caso de vazamentos de óleo esses organismos podem ser afetados diretamente (ingestão e/ou contato com o óleo) ou indiretamente (não entram em contato com a mancha de óleo mas sua rota é desviada, migrando maiores distâncias e aumentando seu consumo de energia).

jubarte
Figura 2: Áreas de rotas da baleia jubarte (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
caretta
Figura 3: Áreas de rotas da tartaruga caretta (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
cariacea
Figura 4: Áreas de rotas da tartaruga coriacea (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
chelonia
Figura 5: Áreas de rotas da tartaruga chelonia (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
olivacea
Figura 6: Áreas de rotas da tartaruga olivacea (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
albatroz
Figura 7: Áreas de rotas da ave albatroz (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
petreis
Figura 8: Áreas de rotas da ave petrel (cores mais intensas indicam maior presença do animal).
 
Alexandre Carlos Barreto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *