A presença de espumas no mar pode ser um processo natural ou causado por ações antrópicas. Em geral, quando ocorre este cenário, o mar está revolto ou no meio de uma ressaca forte. A agitação das ondas batendo sobre os rochedos ou mesmo quebrando nas praias promove a separação do material gorduroso diluído na água e mesmo presente nos organismos incrustados nos rochedos. Essa gordura natural proveniente dos animais e vegetais marinhos em geral não é nociva. A agitação do mar provocada pelas ondas faz a separação da gordura através da flotação e origina a espuma.
A espuma também pode ser fruto de uma explosão na reprodução (florações) de algas. Diversas condições oceanográficas e de clima podem estimular o crescimento das microalgas formadoras de florações nos mares. Este é um exemplo de uma ocorrência natural de espumas e ocorre com mais frequência no verão.
A presença de efluentes pode acelerar essa floração. Esgoto é o principal agente potencializador das espumas no litoral fluminense e trabalha como se fosse adubo. O despejo de esgoto, rico em matéria orgânica também causa diminuição de oxigênio dissolvido no mar, provocando mortalidade de diversos organismos aeróbicos. Aqui no blog você encontra mais posts sobre florações de algas, segue o link: Maré Vermelha: O que é?
A espuma é normalmente branca, porém, caso exista presença de esgoto na água, pode ter a coloração amarelada. Quando ocorre uma concentração anômala de algas, a espuma flotada pode assumir tons de verde, vermelha, marrom ou azul. No caso de algas tóxicas e em função da sua concentração a espuma gerada pode ser fator de risco para saúde pública.
As algas que formam as espumas nas praias geralmente não são tóxicas, contudo a espuma originada pela grande concentração de esgoto e lixo apresenta um risco evidente. Sempre que observar muita espuma no mar é sinal de gordura natural ou de origem antrópica (esgoto e lixo). Se o odor estiver forte, cresce o risco à saúde pública. Sempre que possível evite o mar durante estes eventos. Isto não quer dizer que você vá pegar alguma doença se entrar no mar. Contudo, o banho e mesmo a utilização de alimentos provenientes destas águas não é recomendável. O risco de contaminação aumenta.
Portanto, recomenda-se que antes de curtir a praia, verifique se a água está própria para o banho. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) avalia, duas vezes por semana, a qualidade da água das praias do município do Rio de Janeiro e disponibiliza as condições de balneabilidade regularmente em seu site. Outros municípios também disponibilizam as condições de mar para o público. Vamos curtir a praia com segurança?
Escrito por Roberta Bonturi / Editado por Gabriela Brandão
Sim. Temos ter toda segurança na praia..
Amo Praia ❤