O que aprendemos com o derramamento de óleo no Nordeste

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  • É possível haver derrame de larga escala uma vez que quase metade do litoral do Brasil foi afetado;
  • Existe a possibilidade de ocorrerem outros acidentes e precisamos estar preparados;
  • O Brasil é signatário de inúmeras convenções internacionais de proteção e combate ao óleo derramado apenas no papel.
Grande extensão do litoral afetada pelo óleo

A capacidade de reação do Brasil atende às expectativas?

  • Na prática a capacidade de reação brasileira frente aos acidentes causados pela indústria de petróleo é ineficaz;
  • Não existe uma cadeia de comando para reagir a estes acidentes, definida e integrada com os segmentos envolvidos
  • O improviso e a falta de equipamentos adequados disponíveis foram a tônica da sociedade civil aflita e da Marinha do Brasil servil;
  • O Brasil não tem pessoal preparado nem equipamentos específicos e em quantidade suficiente para prestar os primeiros socorros de contingência.
Voluntários e encarregados da Marinha recolhendo o óleo

Quais foram as principais dificuldades para uma reação rápida?

  • A falta de aviso por ter sido um lançamento de óleo criminoso;
  • Os órgãos públicos controladores dependem da autodenuncia do causador do derrame pois não possuem instrumentos de vigilância independentes (sensoriamento remoto);
  • Não existe um protocolo de reação suficientemente testado e treinado com antecedência;
  • Não existem recursos alocados para a prevenção e precaução de acidentes pois os royalties de petróleo recebidos pela união, estado e município são na sua maioria utilizados para outros fins;
    m acidentes no mar sempre a Marinha é convocada para intervir contudo não recebe recursos para essa finalidade.
Navio apontado como responsável pelo vazamento

       Como nos preparar para o próximo acidente?

  • Implantar grupo interministerial de planejamento e comando para implementar políticas e mecanismos de integração e gestão de acidentes no litoral brasileiro, na comissão interministerial para recursos do mar – CIRM;
  • Recursos públicos (royalties) e privados (empresas petroquímicas) para custear polos de combate a acidentes locados estrategicamente ao longo do litoral brasileiro, com equipamentos, pessoal permanente e treinado, além de meios para rápido acesso aos locais afetados;
  • Sistemas de monitoramento independentes realizando coletas e mantendo banco de dados com registros de acidentes de forma contínua;
  • Centros de pesquisas e treinamento para formação de brigadas de primeiro atendimento (defesa civil, corpo de bombeiros, agentes ambientais) nos municípios mais suscetíveis aos acidentes.

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