Os principais acidentes de petróleo do Rio de Janeiro

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O petróleo é uma das mais importantes fontes de energia do mundo contemporâneo. A sua exploração, produção e industrialização passam por diversas fases com imensos riscos inerentes a sua toxicidade e segurança na manipulação. Dessa forma, acidentes e vazamentos ocorrem e, mesmo não sendo frequentes, causam grandes estragos para o meio que atingem. Pela maior parte da produção brasileira se encontrar no oceano (mais de 90% do volume de petróleo extraído vem do mar), este ambiente é o que mais sofre. Trata-se de um fator de risco, uma vez que se faz em ambientes de difícil acesso, em condições ambientais instáveis e com bruscas mudanças.

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A bacia de Campos é uma das bacias mais produtivas do Brasil, junto com a bacia de Santos. O Rio de Janeiro se encaixa em ambas as bacias, o limite entre elas seria a região de Cabo Frio, localizando-se acima do litoral sul do Rio a bacia de Campos e abaixo a de Santos. Desde o início do milênio, diversos acidentes já ocorreram nessas bacias.

Dentre os piores e mais relevantes está o que ocorreu no Campo do Frade, na Bacia de Campos, em novembro de 2011, um ano após o desastroso acidente no Golfo do México.Derramando 588 mil litros de combustível, o vazamento causado pela empresa americana Chevron, uma das gigantes no ramo petrolífero, causou à época grande preocupação com as consequências ambientais.

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Figura 1: Acidente no Campo do Frade, na Bacia de Campos, que ocorreu em novembro de 2011 pela empresa Chevron. Fonte: Rogério Santana/Governo RJ.

O incidente ocorreu por excesso de pressão na perfuração dos poços, causando rachaduras e vazamentos que duraram dias. Por fim, a empresa foi indiciada a pagar multas de até R$ 50 milhões, além de fechar acordo de R$ 17,5 bilhões para pôr fim a ações civis contra ela, dinheiro que teria uma parte direcionada a projetos ambientais e sociais.

Também não podemos deixar de citar o maior de todos os acidentes, ocorrido em janeiro de 2000, onde 1,3 milhões de litros de combustível vazaram de um duto rompido da Petrobrás, que ligava a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador, e chegou à Baía de Guanabara. A mancha que resultou desse acidente tinha aproximadamente 40 km² de extensão, causando um prejuízo ambiental incalculável e transformando esse incidente num dos piores da história do Brasil.

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Figura 2:Foto histórica de ave coberta de óleo após derramamento da Baía de Guanabara em 2000. Fonte: O Globo.

Além do impacto ambiental, o vazamento afetou milhares de famílias que viviam da pesca e de atividades ligadas ao pescado. A Petrobras pagou à época uma multa de R$ 35 milhões ao Ibama e destinou outros R$ 15 milhões para a revitalização da baía.

Muitos outros acidentes ocorreram, além dos citados. A seguir, uma tabela com os principais acidentes ocorridos no Rio de Janeiro, desde 2000, seja pela grande quantidade de óleo vazado ou pela repercussão do caso na época:

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E você? Lembra de mais algum acidente marcante? Nos deixe saber nos comentários.

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