De acordo com a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, na sigla em inglês), um ciclone tropical é um sistema rotativo e organizado de nuvens e trovoadas que se origina em águas tropicais ou subtropicais e tem uma circulação fechada de baixo nível. Ciclones tropicais giram no sentido anti-horário no Hemisfério Norte. Eles são classificados da seguinte forma:
Tabela 1: definição dos ciclones tropicais. Fonte: NOAA/adaptado.
Portanto, vale lembrar que todo furacão é um ciclone mas nem todo ciclone é um furacão. Para saber mais sobre a diferença entre ciclone e furacões acesse nosso post: Entenda a Diferença Entre Ciclones, Furacões e Tornados.
A temporada oficial de furacões na Bacia do Atlântico (que inclui Oceano Atlântico, Mar do Caribe e Golfo do México) começa no dia 1 de junho e vai até 30 de novembro. Como visto no gráfico abaixo, o pico da temporada vai do meio de agosto até o final de outubro. De toda forma, furacões mortais podem ocorrer durante toda a temporada.
As figuras abaixo mostram os pontos de formação dos ciclones tropicais num período de 10 dias dos anos de 1851-2015 durante a temporada de furacões do Atlântico. A figura 3 mostra o início da temporada (1-10 de junho), com apenas algumas ocorrências de ciclones. A figura 4 (1-10 de setembro) mostra uma ocorrência significativa de ciclones no mesmo período, como no gráfico acima. E a figura 5 (21-30 de novembro), já no final na temporada de furacões, apenas poucas ocorrências dos ciclones.
No caso do Atlântico Norte, no percurso das águas na região tropical promovido pela corrente norte-equatorial que se inicia no norte da África e vai em direção ao Caribe, as águas sofrem aquecimento e enormes quantidades são evaporadas. A medida que o vapor d’água quente sobe na atmosfera, ele forma uma espiral ao redor do centro de baixa pressão. Ao se condensar e formar nuvens, vemos o “corpo” do ciclone se formar, e até mesmo o característico “olho”, seu centro. É também em função da rotação do planeta que este enorme volume evaporado ascende de forma espiralada, formando os giros dos furacões.
Na extremidade dos giros, o vento pode alcançar velocidades surpreendentes de até 280 km/h. Estes ventos são capazes de fazer voar barcos, casas, caminhões além de destelhar facilmente galpões e edificações situadas nas regiões costeiras por onde entram estas tempestades. Além disso os ventos provocam a empurra das águas oceânicas em direção da costa, empilhando estas águas no litoral e provocando a maré meteorológica. Trata-se de uma sobrelevação extraordinária do nível do mar que pode chegar a 6 metros de altura. Nas condições de planícies costeiras onde se assentam as cidades é fácil perceber o risco e estragos das inundações netas regiões por onde passam estes furacões. Por outro lado quando os furacões entram no continente eles perdem força pois não existe mais água evaporando para alimentar o seu giro.
Os meses de agosto e setembro são marcantes para a temporada de ciclones do Atlântico pois é exatamente nesta época em que as águas do oceano dessa região se encontram mais quentes.
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Figura 9: Furacão Florence atingindo Wrightsville, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Fonte: Twitter NHC
A NOAA afirmou que em 2018 a estimativa do número de ciclones esteja dentro da normalidade. Foram previstos 10 a 16 ciclones, sendo que 5 a 9 devem evoluir ao nível de furacões. A média para a temporada do Atlântico é de 12 ciclones, sendo 6 nomeados a furacão e 3 a grandes furacões.
A lista divulgada de nomes previstos a serem usados nesta temporada de furacões 2018 no Atlântico Norte é a seguinte:
No início desse mês de setembro três furacões ocorreram: Florence, Isaac e Helene.
Escrito e editado por Gabriela Brandão Barros Lima