O verão e o fim de ano estão chegando e é costume de muitos cariocas e fluminenses da baixada irem passar as festas de fim de ano na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. Cidades como Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios possuem lindíssimas praias de águas cristalinas, porém uma outra joia se esconde nesse local: a Lagoa de Araruama, que existe há 120 mil anos e é o maior ecossistema lagunar hipersalino do mundo. Durante todo esse tempo, a laguna foi palco de muitas mudanças no seu espelho d’água e que levaram à uma variação intensa nas características de suas águas.
A Lagoa de Araruama é a maior laguna costeira hipersalina do Brasil, tem uma superfície de 275 m2 e se estende pelos municípios de Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo. A ocupação humana dessas áreas é antiga, porém, desde a construção da ponte Rio-Niterói houve um grande aumento do número de residências sem o acompanhamento da expansão da infraestrutura urbana.
A Laguna de Araruama é uma laguna do tipo estrangulada, ou seja, as características de suas águas são pouco influenciadas pela maré devido à pouca circulação de água em comparação com o volume da Lagoa, o que a torna um ambiente retentor de substâncias. Uma das características marcantes da lagoa é a sua hipersalinidade (cerca de uma vez e meia a do oceano), que é influenciada pela entrada de água do mar, a evaporação maior que a chuva e a pouca entrada de água doce na lagoa.
No início dos anos 2000, no entanto, as águas claras da lagoa se tornaram escuras e começaram a aparecer peixes mortos e muitas algas. O que ocorreu, na verdade foi a chamada eutrofização devido ao lançamento excessivo de esgotos, tendo como consequência uma multiplicação excessiva das algas. Devido à competição por nutrientes, essas algas começaram a morrer e para decompô-las as bactérias utilizam oxigênio. Esse oxigênio começou faltar para os peixes, causando as mortandades.
Esse cenário, no entanto, já está um pouco melhor. Diante desse caos ecológico, o governo, empresas e sociedade civil organizada executaram algumas ações para tentar revitalizar esse importante corpo hídrico. A mineração de conchas no interior da Lagoa foi proibida, estações de tratamento de esgoto foram criadas, embora não tratem todo o esgoto gerado nos municípios e a qualidade da água melhorou, sendo que atualmente algumas praias da Lagoa estão liberadas para banho e muitos peixes voltaram a habitar.
Embora as melhoras sejam perceptíveis, nem tudo é perfeito: o sistema de coleta de esgoto na Lagoa é do tipo tomada de tempo seco, ou seja: o esgoto é conduzido para as estações de tratamento pela tubulação de drenagem urbana e quando chove há a abertura de comportas que despejam o esgoto direto na lagoa. Um outro problema é o esgoto clandestino, que não é ligado a nenhuma rede e vai ou para os rios que chegam na lagoa ou direto no espelho d’água.
Para que a qualidade das águas volte a melhorar é necessário haver um investimento maior em infraestrutura e conscientização quanto a destinação dada ao esgoto gerado. Para ficar de olho na qualidade da água e saber se o local que você pretende ir está próprio para banho dê uma olhada aqui.
DESEJO SINCERAMENTE QUE TODAS AS PROVIDENCIAS NECESSARIAS SEJAM TOMADAS PARA
BENEFICIO DE TODOS. ATE MESMO DO PROPRIO RESPONSAVEL PELO TRABALHO E PROJETO.
E O MINIMO QUE PODEM FAZER PARA PELO MENOS MANTER VIVO UM DOS PATRIMONIOS
HISTORICOS MAIS ANTIGOS NO DADO POR DEUS PARA BENEFICIO DE TODA HUMANIDADE.
ESPERO QUE SENSIBELIZE ALGUEM. GRATA