Na madrugada do dia 28 de março de 2004, diversas cidades do litoral sul de Santa Catarina sofreram com um fenômeno até então nunca ocorrido no Brasil: um ciclone de grande força atingiu a costa do estado, causando 11 mortes, centenas de feridos e dezenas de milhares de desabrigados, além de R$ 1 bilhão em prejuízos.
Com ventos de até 150 km/h, o furacão Catarina foi o primeiro ciclone tropical a atingir território nacional, algo antes considerado por muitos, impossível, já que esse tipo de ciclone ocorre normalmente na parte norte do oceano Atlântico. Um exemplo foi o furacão Katrina, que atingiu Nova Orleans em 2005, nos Estados Unidos, causando U$108 bilhões de dólares em prejuízos e 1833 mortes.
Mas ciclones e furacões não são a mesma coisa? Não, mas estão diretamente conectados. Ciclones são formações atmosféricas em torno de um ponto de baixa pressão, onde ventos de alta velocidade giram em círculos, formando um centro (o famoso “olho do furacão”). Furacões são, na verdade, um tipo de ciclone tropical. Furacões ocorrem quando ventos em ciclones tropicais atingem velocidades maiores que 119 km/h.
Existem três tipos de ciclones: extratropicais, subtropicais e tropicais. Os ciclones extratropicais são comuns aqui no Brasil, normalmente associados a frentes frias, fortes ventos, chuvas e ressaca nas praias. Dos três, é o mais fraco. Já ciclones subtropicais e tropicais são raríssimos em nosso oceano, sendo os tropicais o mais forte dos três, registrando ventos de altíssimas velocidades. E é esse o que pode gerar furacões, se seus ventos atingirem velocidades acima de 119 km/h. Ou seja: furacões podem surgir de fortes ciclones tropicais (para saber mais: Entenda a Diferença Entre Ciclones, Furacões e Tornados).
“Furacões são, na verdade, um tipo de ciclone tropical. Furacões ocorrem quando ventos em ciclones tropicais atingem velocidades maiores que 119 km/h.”
O furacão Catarina foi o primeiro ciclone tropical registrado na costa brasileira. Sua passagem no litoral catarinense foi devastadora, causando uma ressaca com ondas de até 5 metros que destruiu estaleiros e barcos; rajadas de ventos que destruíram e danificaram construções civis e agricultura local, além das perdas humanas.
Tabela 1 – Relação de ciclones raros brasileiros.
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Entenda a Diferença Entre Ciclones, Furacões e Tornados
Escrito por Natália da Silva Menezes/ Editado por Gabriela Brandão Barros Lima
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