A Amazônia Azul é a parcela do oceano que faz parte do território brasileiro. Com 4,5 milhões de km2 de área e grande importância econômica, é por ela que realizamos 95% de nossas exportações, além das atividades extrativistas, como a exploração de petróleo – que é responsável por 30% do PIB do estado do Rio de Janeiro – e as culturas marítimas, como aquicultura, maricultura, etc., que vêm em um crescente nos últimos anos pela alta margem de lucro. Porém, para garantirmos nossa soberania nesse espaço é preciso protege-lo, estudando-o para permitir um melhor uso dos recursos ali abrigados, mas também garantir um melhor posicionamento estratégico de defesa do território. E, para melhor realização dessas atividades, a Marinha do Brasil, através do ProSub, que é o programa de desenvolvimento de submarinos brasileiros, está construindo um submarino nuclear, o SN-BR Álvaro Alberto, em homenagem ao almirante pioneiro na criação do programa nuclear.
Mas, qual é o diferencial de um submarino nuclear?
Além de poucos países terem tecnologia para construções desse porte – apenas 6: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Índia – diversos fatores fazem desse submarino o mais eficiente. Sua propulsão, movida a fissão nuclear permite maior autonomia, ou seja, pode ficar mais tempo submerso se comparado aos submarinos convencionais. Essa diferença ocorre pois os motores à combustão consomem oxigênio, portanto é necessário voltar à superfície para reabastecimento do ar. Outro fator positivo da energia nuclear é ser uma energia limpa, pois não há a liberação de gases estufa, como o gás carbônico na atmosfera.
E qual é a função de um submarino?
Nossa esquadra é responsável por proporcionar a defesa nacional, além de colaborar na produção de ciência e tecnologia. Produzir um submarino nuclear traz grandes avanços para a indústria brasileira, pois ele demanda diversas peças de produção nacional, visto que o objetivo do proSub é a independência de outros países para a construção de embarcações. Quando o submarino começar suas operações, será de suma importância para proteção do litoral, incluindo a parte de exploração do pré-sal, devido a sua importância econômica.
Portanto, a incorporação de um submarino nuclear em nossa esquadra tem um grande valor socioeconômico, devendo ser valorizado como parte da garantia da soberania nacional. Cuidar dos nossos mares é necessário em todos os sentidos, e devemos cada vez mais investir em projetos desse tipo.
O Brasil com mais de 8.500km de litoral aberto para o Oceano Atlântico Sul precisa garantir segurança, socorro e salvatagem além de estar presente fiscalizando todo o extenso território marinho que possui. Neste contexto, o submarino atomico é um importante e fundamental instrumento de soberania nacional.
Fontes:
https://www.marinha.mil.br/ctmsp/submarino-nuclear
https://www.naval.com.br/blog/2018/02/20/o-prosub-e-o-submarino-nuclear-brasileiro-sn-br/
Paula Charnaux
Muito bom e esclarecedor.